Hoje, dia 10 de Abril de 2012, foi devolvida ao seu meio natural uma tartaruga marinha da espécie Dermochelys coriacea, reabilitada no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Quiaios da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem, em cooperação com as seguintes entidades: Bombeiros Municipais da Figueira da Foz, Macodal e cooperativa Centro Litoral OP.
Esta espécie de tartaruga encontra-se protegida por lei e está classificada como "criticamente em perigo" pela União Internacional para a Conservação da Natureza e no anexo IV da Directiva Habitats, devido à redução da sua população.
Este animal foi recolhido por técnicos do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Quiaios (CramQ), onde decorreram as primeiras análises e tratamentos para o devolver no futuro ao meio natural.
A tartaruga "Raimunda" foi encontrada a flutuar perto de costa na zona da Nazaré a 1 de Abril de 2012 e recolhida por um pescador que a rebocou para o porto de pesca. Este animal apresentava vários ferimentos e debilidade. Ao longo do seu internamento no CramQ, foi medicada e alimentada para ser possível devolvê-la à natureza o mais rapidamente possível.
Este animal foi transportado para o porto de pesca da Figueira da Foz onde embarcou na traineira "Gaivota do Mondego" que após chegar da noite de safra voltou ao mar para devolver a tartaruga. A tartaruga foi marcada com microship e brincos de identificação.
O CramQ é actualmente o único centro de reabilitação de fauna marinha existente no Centro de Portugal. No CramQ permanecem ainda vários animais em reabilitação estando programadas já outras devoluções. Este ano foram já devolvidos ao habitat natural várias aves marinhas.
As acções de recuperação de animais marinhos e posterior devolução ao oceano ocorre ainda no âmbito do projecto MARPRO, co-financiado pelo programa LIFE+, a decorrer desde 2011, coordenado pela Universidade de Aveiro envolvendo como parceiros a Universidade do Minho, a SPEA, o IPMA e o ICNF.